Desde cedo me peguei viajando. Nascido em Buenos Aires, aos dois anos de idade fui morar no Paraguai e aos quatro já estava no Brasil. Passei grande parte da vida em Curitiba, onde estudei para me formar designer na Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Como trabalho de graduação, desenvolvi, em parceria com a Larissa Mastria e com orientação de Renato Bordenousky Filho, o projeto Oficina Ideativa (vencedor do Prêmio Bom Design 2017), uma oficina de pensamento criativo para crianças de escolas públicas em Curitiba e São Paulo. Nos baseamos nos conceitos de Educação Através do Design para criar uma atividade em 5 etapas nas quais os estudantes tomaram as rédeas e decidiram quais projetos desenvolver para melhorar o ensino na sua escola. No final, cada equipe criou um jogo de tabuleiro com regras próprias para auxiliar o aprendizado de conceitos da matemática.
Trabalho profissionalmente com design desde o ano de 2011, quando comecei como estagiário na Roda de Design, empresa fundada por meus pais. Desde então, trabalhei com agências do Brasil, Colômbia, Peru e Paraguai em projetos diversos para clientes como HSBC, O Boticário, Disney, Ferrero e outros.
Em 2015, fiz um intercâmbio acadêmico de um semestre na Universidade do Algarve, em Faro, Portugal. Sem auxílio de bolsa, tive que me virar num país desconhecido para juntar a grana e me manter. Foi a primeira vez que trabalhei como designer remoto e, com isso, pude mochilar por boa parte da Europa.
Ao terminar a faculdade, me inspirei na aventura europeia e comecei um mochilão de um ano e meio pela América Latina fazendo voluntariado em troca de comida e hospedagem. Ao longo da viagem, trabalhei como recepcionista, garçom, bartender, fazendeiro, professor, auxiliar de cozinha, músico de rua, malabarista de três bolinhas e, ocasionalmente, designer gráfico.
O mochila.design vem para inspirar outros designers a viajar. Para debater as possibilidades de mudança que o design traz para o mundo e, também, para a vida pessoal. É um espaço de questionamento da rigidez das metrópoles e do humano mecanizado, proposta de um êxodo urbano para o reencontro das pessoas com seu entorno e consigo mesmas. "Somos una especie en viaje, no tenemos pertenencias sino equipaje."
